A viage até a Borda, foi inesquecível, senti novas emoções, medos, e tudo mais.
Eu particularmente não sabia que tinha tanto medo, até a ida ao cimitério durante a noite, todo meu medo se "despertou", nunca tinha ido a um cemitério durante á noite mas te garanto que nunca mais vou !!!
Quantas emoções !!!
Depois de muitos sustos e medos que passamos na trilha durante a noite, finalmente conhecemos o autor do livro Pin, que havia se fantasiado de Homem de Branco para nos assustar, ele e sua esposa Carla são muito gentis, e legais. Tivemos uma conversa com o autor, que respondeu varias de nossas dúvidas sobre o livro e fez uma declaração de amor para sua esposa, lendo uma parte do livro na qual Joes o personagem principal se apaixonava por uma garota chamada Carla.
O resto da noite foi nos quartos, as meninas em quartos de 2 e os meninos em um quarto coletivo; as meninas acabaram fazendo "grupos" cada quarto co 4, 6 e até 7 meninas, a hora de dormir foi a hora que menos descansei, pois no meu quarto onde estava Maria Cecília, Martha, Isabela e eu fomos dormir as 3 horas, conversamos muito, fizemos pegadinhas. precisavamos acordar 7 horas fato que não du muito certo pois 7 h 30 minutos, hora do café da manha eu acordei por ser acustumada com o horário e percebi que estavamos muito atrasada, então acordei as três que tinham o sono muito pesado. Oresto do dia foi mais diversão tinha piscina, quadra, eu não queria entrar na piscins mas quando eu resolvi entrar estava muito gelada, e subiu uma aranha em mim então desisti, infelizmente tinhamos que ir embora.
A viagem foi ótima!
O blog
!♥Este blog foi feito com o objetivo de criar uma
esoécie de terceiro caderno de português.
Nele aparecem postagens sobre as coisa mais
interessantes da literatura brasileira ♥
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Reportagem Festa Da Família
Família Santuário da Vida
No dia 11/08/2012 o Colégio São Paulo promoveu uma festa em homenagem a todas as famílias de todos os alunos do colégio.
"É o momento que a gente tem pra fazer coisas diferentes do trabalho, da sala de aula, aquele lugar que nós podemos encontrar com alunos e familiares para confraternizarmos momentos de lazer. É muito necessário, pois a gente vai se conhecendo melhor, em uma manhã inteira e fazendo novas amizades! " -diz o professor Eder.
Na festa ocorreram várias oficinas como:
Oficina de fazer pipa
Oficina de pintar vasos de cerâmica
Fora isso ocorreram varios brinquedos e oficinas de diversão como :
Professor Eder Futebol de Sabão
Xadrez Gigante
Escalada
Totó
Oficina de pintar o rosto
Jogo de futebol, final das olímpiadas de Lodres Brasil x México
De acordo com a diretor do Colégio- Irmã Lenise a festa foi feita com o objetivo de juntar todas as famílias para criar uma nova família, a família do Colégio São Paulo
Irmã Lenise
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Belo Horizonte em palavras
Prédios, casas, ruas, carros, pessoas, polícia, ladrão, riqueza, pobreza, Pampulha, Serra, Praça Sete, igrejas, colégios, comunidades, bairros, shoppings, hospitais, delegacias, Praça da Liberdade, Praça da Assembléia, restaurantes, morros, Lurdes, Santa Lúcia, ônibus, táxis, bancos, farmácias, Centro,Mineirão, Independência, Belo Horizonte.
A cidade mal assombrada
Em uma noite de dezembro irmãos Gabriel e Matheus viajavam com a família para uma cidade distante, a procura de um lugar para se hospedar longe de problemas. A mãe deles Daniela tinha acabado de ficar viúva, estava muito triste com isso.
Durante a noite ela foi à festa de aniversário de uma amiga que morava na cidade, e deixou seus filhos na casa de duas meninas Débora e Raphaela, duas adolescentes.
Naquela noite de lua cheia, ouviram gritos de arrepiar por toda a cidadezinha. Ninguem sabia o que era então todas as pessoas que moravam lá, resolveram não aparecem. Passaram-se dois dias e nada mudou então várias pessoas começaram a se mudar, a cidade ficou conhecida como mal assombrada.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Ciclo da Estudante
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Pedro Bandeira
Pedro Bandeira (de Luna Filho) nasceu em Santos, SP,
em 9 de março de 1942, onde dedicou-se ao teatro amador, até mudar para
São Paulo a fim de estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo
(USP). Morando então na capital, casou-se com Lia, com quem teve três
filhos: Rodrigo (31) e Marcelo e Maurício (28). Ah! E tem duas netinhas:
Melissa e Michele. Além de professor, trabalhou em teatro profissional
até 1967 como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. Mas
desde 62, Pedro já trabalhava também na área de jornalismo e
publicidade, começando na revista "Última Hora" e depois na editora
Abril, onde escreveu para diversas revistas e foi convidado a participar
de um coleção de livrinhos infantis. O primeiro livro "O dinossauro que
fazia au-au", voltado para as crianças, fez um grande sucesso. Mas foi
com "A Droga da Obediência", voltado para adolescentes - que ele
considera seu público alvo - que ele se consagrou. Até julho do ano
passado, o livro estava prestes a atingir a marca de 1 milhão de
exemplares vendidos em todo o País. Desde então, a partir de 1983, Pedro
Bandeira dedicou-se inteiramente à literatura. Ele garante que a
experiência em jornais e revistas o ajudaram como escritor, uma vez que o
jornalista é obrigado a estar preparado para escrever sobre quase tudo.
d"Eu fazia de tudo: escrevia para revista de adolescente e para
publicações técnicas. Fui aprendendo a criar um estilo para cada
público. Também fui estudar psicologia e educação para entender em que
faixa etária a criança acha o pai herói, com qual idade acha ele um
idiota e quando está pronta para questionar tudo e todos. Sem esse
conhecimento é impossível criar um personagem com o qual o leitor que
você pretende atingir se identifique". A inspiração para cada história,
segundo o autor, vinha de livros que leu e nos acontecimentos de sua
própria vida. Criatividade nunca faltou ao santista, mas quando isso
acontece, Pedro abre o e-mail de seu computador e começa a ler as mais
de 300 mensagens e cartas que recebe semanalmente de seus leitores de
todo Brasil. "Às vezes tiro idéias das cartas porque o conteúdo das
mensagens são os mais diversos. Tem quem pede conselho sentimental,
outros dizem que não se dão bem com os pais e já recebi até carta de
presidiário. Tento responder a todas". Pedro Bandeira é o autor de
Literatura Juvenil mais vendido no Brasil (8,6 milhões de exemplares até
2002) e, como especialista em letramento e técnicas especiais de
leitura, profere conferências para professores em todo o Brasil. Já
escreveu mais de 50 livros, entre eles a série "Os Karas", "A marca de
uma lágrima", "Agora estou sozinha...", "A hora da verdade" e "Prova de
Fogo". Atualmente vive em São Roque.
Walcyr Carrasco
Walcyr Carrasco nasceu no interior de São Paulo, na cidade de
Bernardino de Campos, em 2 de dezembro de 1951.Dedicou-se sempre a
escrever. Em televisão apareceu em 1989, assinando a novela: 'Cortina de
Vidro", no SBT. Depois foi para a TV Manchete, mas como tinha contrato
com o SBT. assinava com o pseudônimo de Adamo Angel. Para a Manchete fez
as novelas;"Rosa dos Rumos";"Filhos do Sol";"O Guarani"; "Retrato de
Mulher"; "Xica da Silva";"Fascinação". Mas a novela ,"Xica da Silva"
fez tanto sucesso, que a história de seu pseudônimo foi revelada e ele
voltou ao SBT. Seu sucesso maior, porém, veio a seguir, quando ele foi
para a Rede Globo de Televisão e fez uma sequëncia de grandes novelas.
Isso aconteceu em 2000. Ele assinou:"O Cravo e a Rosa"; "Brava Gente';
"A Padroeira";; "Esperança";"Chocolate com Pimenta"; "Alma Gêmea"; e "O
Profeta". ( 2006-2007) Todas marcaram seu estilo leve, engraçado, bem
brasileiro e que atinge profundamente o coração do povo. Walcyr
Carrasco escreve crônicas para a Revisa Veja São Paulo. E tem vários
livros publicados, sendo o último;"Senhora das Velas". Ele é um
principais autores de novelas, no cenário artístico atual.
Júlio Verne
Júlio Verne escreveu obras de aventura e ficção científica que influenciaram gerações como "Cinco Semanas em um Balão" (1863), "Viagem ao Centro da Terra" (1864), "Da Terra à Lua" (1865), "Vinte Mil Léguas Submarinas" (1869) e "A Volta ao Mundo em 80 Dias" (1872).
Foi um dos primeiros escritores a praticar uma literatura na linha da moderna ficção científica. Verne previu, entre outros inúmeros inventos, a televisão; o helicóptero; o cinema falado; a iluminação a néon; o ar condicionado; os arranha-céus; os mísseis teleguiados; os tanques de guerra; os veículos anfíbios; o avião; a caça submarina; o aproveitamento da luz e da água do mar para gerar energia; o uso de gases como armas químicas.
Jules Gabriel Verne Allotte começou sua carreira literária após seu pai, Pierre Verne, desiludir-se com a sua trajetória de advogado. Tentou ingressar no teatro e escrever poemas e peças, e também tentou a sorte com a música, sem êxito. Em 1848 compôs, com Michel Carré, dois libretos para operetas, e, em 1850, uma comédia em verso, em parceria com Alexandre Dumas Filho. Só descobriu seu verdadeiro gênero literário ao escrever algumas narrativas de viagens.
Seu primeiro grande sucesso, "Cinco Semanas em um Balão", foi recusado por quinze editoras, que não viam no livro mais que uma tentativa frustrada de predizer o futuro. Até que, apresentado por Alexandre Dumas Filho, Verne conheceu Pierre Jules Hetzel, o editor mais influente de Paris, que lhe propôs escrever mais de um livro por ano. O sucesso foi gigantesco. Júlio Verne foi um dos mais imaginativos e populares escritores de todos os tempos.
Foi influenciado por Jonathan Swift, com seu livro "Viagens de Gulliver", por Daniel Defoe e seu "Robinson Crusoé", e ainda por Edgar Allan Poe e sua obra macabra. Júlio Verne sabia captar o que agradava aos leitores de todas as idades, conseguindo mantê-los atentos e curiosos. Sua atualidade ainda se mantém, assim como sua popularidade. Seus livros figuram entre as obras mais conhecidas e apreciadas do mundo. Verne nunca viajou muito, fez apenas algumas curtas viagens no seu iate Saint-Michel, uma viagem de navio aos Estados Unidos e rápidas visitas à Inglaterra, à Escócia e a outras localidades; contudo percorreu o mundo em seus livros, da África ao do Pólo Norte, do centro da terra ao espaço sideral.
Foi um dos primeiros escritores a praticar uma literatura na linha da moderna ficção científica. Verne previu, entre outros inúmeros inventos, a televisão; o helicóptero; o cinema falado; a iluminação a néon; o ar condicionado; os arranha-céus; os mísseis teleguiados; os tanques de guerra; os veículos anfíbios; o avião; a caça submarina; o aproveitamento da luz e da água do mar para gerar energia; o uso de gases como armas químicas.
Jules Gabriel Verne Allotte começou sua carreira literária após seu pai, Pierre Verne, desiludir-se com a sua trajetória de advogado. Tentou ingressar no teatro e escrever poemas e peças, e também tentou a sorte com a música, sem êxito. Em 1848 compôs, com Michel Carré, dois libretos para operetas, e, em 1850, uma comédia em verso, em parceria com Alexandre Dumas Filho. Só descobriu seu verdadeiro gênero literário ao escrever algumas narrativas de viagens.
Seu primeiro grande sucesso, "Cinco Semanas em um Balão", foi recusado por quinze editoras, que não viam no livro mais que uma tentativa frustrada de predizer o futuro. Até que, apresentado por Alexandre Dumas Filho, Verne conheceu Pierre Jules Hetzel, o editor mais influente de Paris, que lhe propôs escrever mais de um livro por ano. O sucesso foi gigantesco. Júlio Verne foi um dos mais imaginativos e populares escritores de todos os tempos.
Foi influenciado por Jonathan Swift, com seu livro "Viagens de Gulliver", por Daniel Defoe e seu "Robinson Crusoé", e ainda por Edgar Allan Poe e sua obra macabra. Júlio Verne sabia captar o que agradava aos leitores de todas as idades, conseguindo mantê-los atentos e curiosos. Sua atualidade ainda se mantém, assim como sua popularidade. Seus livros figuram entre as obras mais conhecidas e apreciadas do mundo. Verne nunca viajou muito, fez apenas algumas curtas viagens no seu iate Saint-Michel, uma viagem de navio aos Estados Unidos e rápidas visitas à Inglaterra, à Escócia e a outras localidades; contudo percorreu o mundo em seus livros, da África ao do Pólo Norte, do centro da terra ao espaço sideral.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Luís da Câmara Cascudo
Luís da Câmara Cascudo nasceu no dia 30 de Dezembro de 1898 e morreu no dia 30 de julho de 1986
Escritor e folclorista potiguar era um dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil e autor do Dicionário do Folclore Brasileiro (1954), a primeira reunião sistemática e crítica do acervo folclórico brasileiro. Começou a trabalhar no jornal do pai, A Imprensa, em Natal.
Entrou para a faculdade de medicina na Bahia, mas é obrigado a abandonar a escola por falta de dinheiro.
Em 1928 formou-se pela Faculdade de Direito do Recife e, no mesmo ano, conclui o curso de etnografia na Faculdade de Filosofia do Rio Grande do Norte.
Dedicava-se a escrever a história da cidade de Natal e a estudos nas áreas de folclore, etnografia, crítica literária e história.
Cruzou o folclore com a literatura pesquisando a influência de Dante Alighieri, de Don Quixote, de Miguel de Cervantes, e da literatura oral francesa na tradição popular do Brasil.
Produziu, em 1951, um importante trabalho sobre a ocupação holandesa no Rio Grande do Norte.
Em sua vasta obra destacam-se Antologia do Folclore Brasileiro (1944), Superstições e Costumes (1958) e Coisas Que o Povo Diz (1968).
Em sua vasta obra destacam-se Antologia do Folclore Brasileiro (1944), Superstições e Costumes (1958) e Coisas Que o Povo Diz (1968).
Ruth Rocha
Ruth Machado Louzada Rocha nasceu na capital paulista no dia 2 de Março de 1931 em uma família de classe média. Formou-se na Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1953 e começou a trabalhar como orientadora educacional no Colégio Rio Branco.
Em 1965 escreveu artigos sobre educação para a revista Claudia. Dois anos depois assumiu a orientação pedagógica da revista Recreio, na qual publicou seu primeiro conto, Romeu e Julieta, em 1969. Deixou a Editora Abril no mesmo ano e iniciou prolífera produção literária, inspirada na filha, Mariana.
Marcelo, Marmelo, Martelo (1976) que vendeu 1 milhão de exemplares.
Marcelo, Marmelo, Martelo (1976) que vendeu 1 milhão de exemplares.
De 1973 a 1981, voltou a dirigir publicações infantis da Editora Abril, participou das coleções Conte um Conto, Beija-Flor e Histórias de Recreio e lança O Reizinho Mandão (1978).
Em 1989 foi escolhida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para assinar a versão infantil da Declaração Universal dos Direitos Humanos, intitulada Iguais e Livres, publicada em nove línguas.
Em 1995 lançou o Dicionário Ruth Rocha. É autora da série didática Escrever e Criar... É Só Começar, prêmio Jabuti de melhor obra didática em 1997.
Em 1999 finalizou a versão infanto-juvenil de Odisséia, de Homero.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
José
E
agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio –
e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
quarta-feira, 28 de março de 2012
Caso de Secretária
Era seu aniversário
Nem um parabéns ganhou
Ninguem olhou o calendário
Todo mundo o negou
Chegou com raiva no escritório
Mas um abraço ele ganhou
Com um sorriso satisfatório
Além disso duas flores
Tudo isso da secretária
Que lembrou do seus valores
Foi convidado para um jantar
Aceitou rapidinho
Sem nem pensar
Todo empolgadinho
Passaram no apartamento
Ela foi se trocar
E ele em aquecimento
Em quinze minutos iria entrar
Já foi imaginando
A noite que teria
O tempo passou e ele foi entrando
Quase nú
Um susto leva
Mulher e filhos
Cantando parabéns
Era uma festa surpresa
Nem um parabéns ganhou
Ninguem olhou o calendário
Todo mundo o negou
Chegou com raiva no escritório
Mas um abraço ele ganhou
Com um sorriso satisfatório
Além disso duas flores
Tudo isso da secretária
Que lembrou do seus valores
Foi convidado para um jantar
Aceitou rapidinho
Sem nem pensar
Todo empolgadinho
Passaram no apartamento
Ela foi se trocar
E ele em aquecimento
Em quinze minutos iria entrar
Já foi imaginando
A noite que teria
O tempo passou e ele foi entrando
Quase nú
Um susto leva
Mulher e filhos
Cantando parabéns
Era uma festa surpresa
Poema
Aconteceu alguma coisa
Dois seguranças
Barrando a passagem
Com muita liderança
Com muita coragem
Começa a fofoca
Do povo carioca
Sera assasinato?
Pode ser..
Mas acho que é assalto
Acho que não vou me meter
Olha lá a velha de salto
Aquela la éuma novinha da boa
Olha aquela outra pessoa
Ta morrendo ?
Olha um padre !
To te dizendo
Isso é massacre
Só acredito vendo
Incêndio não é
E como você sabe
Eu não sou mané
Tomara que isso acabe
Olha lá interditaram o prédio
E tão esvaziando
Isso é um assédio
Tenho o direito de ir e vir, não podem sair me expulsando
Calma, você quer um remédio ?
Precisa não
Olha lá um caixão !
Aquilo é uma geladeira
Difunto já não é gelado
Vocês só falam besteira
Isso é liquidação
Dois seguranças
Barrando a passagem
Com muita liderança
Com muita coragem
Começa a fofoca
Do povo carioca
Sera assasinato?
Pode ser..
Mas acho que é assalto
Acho que não vou me meter
Olha lá a velha de salto
Aquela la éuma novinha da boa
Olha aquela outra pessoa
Ta morrendo ?
Olha um padre !
To te dizendo
Isso é massacre
Só acredito vendo
Incêndio não é
E como você sabe
Eu não sou mané
Tomara que isso acabe
Olha lá interditaram o prédio
E tão esvaziando
Isso é um assédio
Tenho o direito de ir e vir, não podem sair me expulsando
Calma, você quer um remédio ?
Precisa não
Olha lá um caixão !
Aquilo é uma geladeira
Difunto já não é gelado
Vocês só falam besteira
Isso é liquidação
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro em 31 de Outubro de 1902.
Em parte de sua infância viveu na Fazenda do Pontal e depois se mudou para uma casa que hoje é um museu.
Em 1925 casou-se com Dolores Dutra Moraes, e no mesmo ano fundou com uotros escritores "A Revista" que teve apenas três edições porém foi importante para o modernismo mineiro, e no ano seguinte vai trabalhar no "Diário de Minas",em 1928 Carlos Drummond e Dolores tem uma filha Maria Julieta Drummond de Andrade, infelizmante em 1929 ele e Dolores perdem seu filho recem-nascido e ele sai do "Diário de Minas" e vai trabalhar no jornal " Minas Gerais".
Em 1934, ele publica " Brejo das Almas", e vira funcionário público no Rio de Janeiro.
Muito tempo depois no dia 5 de Agosto de 1987 sua filha morre vítima de cancêr, e dose dias depois Carlos Drummond de andrade morre por problemas cardíacos.
Algumas poesias de Drummond:
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Praça da estação
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Praça da estação
Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade.
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Pescadores
De Carlos Drummond de Andrade
Adaptado por Victória Irio Giannini
Pescadores
Hoje é domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
Agente é fraco
Muda o programa
Todo dia de Domingo
Praia, cerveja e futebol
Mas hoje é diferente
Quatro amigos mudaram o programa
Resolveram ir pescar
A pesca tava boa
Mas nada de peixe
Até que chega uma kombi
E descem dois homens
Que oferecem fama aos amigos
Em um novo programa
Do horário nobre da televisão carioca
Com o tema de um domingo diferente
Mas como se não pescamos nada ?
Eles tiram peixes bem grandes
E a cena foi gravada
Parecia que estavam pescando peixões
Mas já eram pescados
Na grande expectativa
As famílias foram reunidas
Para assistir o programa
E o programa começou
Com cenas do apertado
Dia dia carioca
Trabalhadores no batente
Ou indo para ele
E o locutor
Apresenta três marmanjos
No dia dia apertado
Furiosos começam a chingar
E as mulheres os chingam
Pois não vão trabalhar
Para acalmar é servido wiske
e refrigerante
Adaptado por Victória Irio Giannini
Pescadores
Hoje é domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
Agente é fraco
Muda o programa
Todo dia de Domingo
Praia, cerveja e futebol
Mas hoje é diferente
Quatro amigos mudaram o programa
Resolveram ir pescar
A pesca tava boa
Mas nada de peixe
Até que chega uma kombi
E descem dois homens
Que oferecem fama aos amigos
Em um novo programa
Do horário nobre da televisão carioca
Com o tema de um domingo diferente
Mas como se não pescamos nada ?
Eles tiram peixes bem grandes
E a cena foi gravada
Parecia que estavam pescando peixões
Mas já eram pescados
Na grande expectativa
As famílias foram reunidas
Para assistir o programa
E o programa começou
Com cenas do apertado
Dia dia carioca
Trabalhadores no batente
Ou indo para ele
E o locutor
Apresenta três marmanjos
No dia dia apertado
Furiosos começam a chingar
E as mulheres os chingam
Pois não vão trabalhar
Para acalmar é servido wiske
e refrigerante
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