O blog

!♥Este blog foi feito com o objetivo de criar uma
esoécie de terceiro caderno de português.
Nele aparecem postagens sobre as coisa mais
interessantes da literatura brasileira ♥


quarta-feira, 28 de março de 2012

Carlos Drummond de Andrade

  Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro em 31 de Outubro de 1902.
Em parte de sua infância viveu na Fazenda do Pontal e depois se mudou para uma casa que hoje é um museu.
  Em 1925 casou-se com Dolores Dutra Moraes, e no mesmo ano fundou com uotros escritores "A Revista" que teve apenas três edições porém foi importante para o modernismo mineiro, e no ano seguinte vai trabalhar no "Diário de Minas",em 1928 Carlos Drummond e Dolores tem uma filha Maria Julieta Drummond de Andrade, infelizmante em 1929 ele e Dolores perdem seu filho recem-nascido e ele sai do "Diário de Minas" e vai trabalhar no jornal " Minas Gerais". 
  Em 1934, ele publica " Brejo das Almas", e vira funcionário público no Rio de Janeiro.
  Muito tempo depois no dia 5 de Agosto de 1987 sua filha morre vítima de cancêr, e dose dias depois Carlos Drummond de andrade morre por problemas cardíacos.
  
Algumas poesias de Drummond:

                                   Confidência do Itabirano 

Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.

E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!



                               Praça da estação
Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade.
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade 
Mais uma triste anticidade.


 

Um comentário:

  1. Maria de Lourdes eu já havia feito a biografia antes porem quando mudei meu fundo de tela deu um problema que em vez de estar escrito tinha uma targa branca tive que refazer.

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