Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro em 31 de Outubro de 1902.
Em parte de sua infância viveu na Fazenda do Pontal e depois se mudou para uma casa que hoje é um museu.
Em 1925 casou-se com Dolores Dutra Moraes, e no mesmo ano fundou com uotros escritores "A Revista" que teve apenas três edições porém foi importante para o modernismo mineiro, e no ano seguinte vai trabalhar no "Diário de Minas",em 1928 Carlos Drummond e Dolores tem uma filha Maria Julieta Drummond de Andrade, infelizmante em 1929 ele e Dolores perdem seu filho recem-nascido e ele sai do "Diário de Minas" e vai trabalhar no jornal " Minas Gerais".
Em 1934, ele publica " Brejo das Almas", e vira funcionário público no Rio de Janeiro.
Muito tempo depois no dia 5 de Agosto de 1987 sua filha morre vítima de cancêr, e dose dias depois Carlos Drummond de andrade morre por problemas cardíacos.
Algumas poesias de Drummond:
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Praça da estação
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Praça da estação
Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade.
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade.
Maria de Lourdes eu já havia feito a biografia antes porem quando mudei meu fundo de tela deu um problema que em vez de estar escrito tinha uma targa branca tive que refazer.
ResponderExcluir